
Há um mundo de opções financeiras muito simples e práticas que deve conhecer para ter uma reforma tranquila. Se acha que é cedo demais, leia este guia prático que lhe diz o que pode fazer entre os 20 e os 60 anos.
Inês Moreira sempre gostou de ter tudo muito organizado, principalmente o futuro financeiro. "Desde pequena que guardo o dinheiro que a minha família me vai dando para ter uma poupança", diz a jovem de 25 anos à SÁBADO. "Agora estou numa condição privilegiada, porque já tenho contrato de trabalho, uma casa e um carro, e tinha dinheiro a ficar empatado na conta corrente", continua. O passo seguinte pareceu-lhe óbvio: poupar para a reforma.
Na fase da vida de Inês, esta pode parecer uma decisão prematura, mas a verdade é que é desde cedo que se começa a planear qualquer tipo de poupança. "Quando começamos a nossa vida ativa e obtemos o primeiro rendimento devemos logo investir uma parte desse num produto financeiro que se destine a complementar a reforma da Segurança Social", sublinha Nuno Santos, da gestora de fundos portuguesa Optimize. A explicação é simples: segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de março deste ano, os portugueses estão a reformar-se com 63% do salário atual, sendo a pensão média atual de 482 euros. No entanto, espera-se que a esperança média de vida aumente nos próximos anos, bem como o custo de vida, ou seja, vamos precisar de mais dinheiro e durante mais tempo.
Mas há outra (má) notícia que convém saber. "Daqui a duas ou três décadas os cortes nas pensões serão ainda mais elevados. É necessário que as pessoas preparem o mais cedo possível o seu complemento para a reforma", frisa António Ribeiro, analista da Deco. E isso não se consegue fazer só com a poupança tradicional. "Se complementar com outro tipo de investimento, poderá conseguir aumentar o valor total ou mesmo reduzir o valor mensal que necessita de alocar à poupança", diz Rui Cunha Santos, responsável pelo Doutor Finanças, um site especializado em finanças pessoais.
Antes de avançar, faça o trabalho de casa
Na altura de começar a pensar no dinheiro para a reforma o primeiro passo é imaginar. Coloque-se no lugar do seu eu de 65 anos e pense no que gostaria de estar a fazer e de quanto dinheiro precisará. Pode por exemplo utilizar o seu rendimento atual para perceber que valor quer para uma vida desafogada, tendo em conta que nessa altura terá menos despesas: os filhos (se os tiver) já serão independentes e não terá de pagar créditos porque os terá amortizado antes de se reformar.
Mas depois de chegar a um valor, vai precisar de saber com quanto pode contar dos seus descontos. E não se preocupe que não precisa de fazer futurologia: o novo simulador de pensões da Segurança Social permite-lhe saber o valor estimado da sua pensão com base nas contribuições passadas e no valor da inflação. Relembramos que atualmente a taxa de substituição das pensões de reforma está nos 68,3%, por isso é normal que este valor não seja tão alto como estava à espera. O simulador mostra-lhe também a data exata em que pode pedir a reforma e a data em que lhe vai ser permitida a reforma antecipada sem penalizações.
Pondo a hipótese de receber atualmente 1.500 euros e estar no topo da sua carreira é muito provável que vá receber uma pensão de reforma de menos de 1.100 euros. Tem então de perceber se este valor será suficiente para viver pelo menos mais 20 anos depois de se reformar ou se o montante precisa de um empurrãozinho. Se se der a segunda hipótese, está na hora de avançar com diferentes tipos de poupança. Sempre com a mesma máxima: quanto mais cedo começar, mais fácil vai ser. É garantido.
Voltando ao exemplo, para recuperar os pouco mais de 400 euros que se perdem do último salário para a primeira pensão será preciso chegar à reforma com 100 mil euros postos de parte. "Assumindo que alguém terá a mesma capacidade de poupança durante a vida, se se começar a poupar aos 20 anos será necessário guardar 185 euros por mês, que podem ser arredondados para 200 euros como estímulo à poupança", explica Rui Cunha Santos, citando simulações feitas pela Doutor Finanças. "Se começar aos 30 anos, esse valor sobe para 239 euros. Já aos 40 anos será de 333 euros." Assim dito, isto serve de pouco. Vamos explicar melhor como lá chegar.
Como começar? (Re)aprenda a poupar e trate do fundo de emergência
A poupança é, em si, uma dificuldade para a maioria dos portugueses. Em 2018, segundo o Instituto Nacional de Estatística, por cada 100 euros de rendimento que as famílias portuguesas receberam, pouparam 5,90 euros. Pôr dinheiro de parte para a reforma parece ser pedir demasiado aos 20 anos, quando se acaba de chegar ao mercado de trabalho e tem um salário muito baixo, ou entre os 30 e os 40, quando os filhos, a compra de casa e de carro e até as férias parecem prioridades para a carteira.
Mas se não começar nunca o fará. "É muito importante ter um sistema de registo e de monitorização das despesas e da poupança", afirma Rui Cunha Santos, que dá o exemplo de uma folha de cálculo para manter todas estas variáveis controladas. Resumindo: o primeiro passo para qualquer tipo de poupança é manter as finanças controladas, registando todo o dinheiro que entra e sai. O sistema tem ainda outra vantagem. Se todas as despesas estiverem esquematizadas, é também mais fácil perceber onde se pode cortar.
Cortar é mesmo o segundo grande passo. Fazer refeições fora de casa, entrar em grandes despesas de uma vez (como a remodelação de uma casa), não comparar tarifários de telecomunicações ou de eletricidade ou pedir reavaliações de créditos e de seguros são formas de gastar dinheiro sem perceber o real alcance dos zeros à direita da fatura mensal. O conselho é: preocupe-se e controle os gastos e as alternativas. "Para saber se pode ou não poupar tem de estabelecer limites aos gastos", concretiza Rui Cunha Santos.
É certo que a sua capacidade de poupança não vai ser igual durante os 40 anos da carreira, por isso é que é necessário adaptar o valor a cada realidade. No entanto, e seja qual for o valor que estabeleça, faça o esforço de nunca o abandonar. "Sabemos que é difícil, mas temos de nos educar a nós próprios porque depois o resultado vai ser muito bom", afirma à SÁBADO Cristina Duarte, responsável da Mercer Portugal, uma consultora de recursos humanos.
Ainda assim, e quando conseguir pôr algum dinheiro de lado, saiba que ainda não é altura de começar a poupar ou de investir na sua reforma. "Recomendamos sempre que antes que se pense em qualquer tipo de poupança, seja para a reforma, para comprar casa ou para ir de férias se deva estabelecer um fundo de emergência", alerta António Ribeiro, analista da Deco, à SÁBADO. "O fundo deve ter o valor de seis salários e serve exatamente para emergências." O mesmo conselho é repetido pelo Doutor Finanças, ainda que na prática haja mais de uma forma de amealhar para as emergências. Por exemplo, a Inês optou por avançar logo para a poupança para a reforma antes de compor o fundo de emergência. Mas já tem planos bem definidos para juntar esse dinheiro num outro investimento. "Estou a pensar em certificados de aforro para as emergências", salienta. Segundo os especialistas, é exatamente em produtos como os depósitos a prazo ou em títulos de dívida pública, como os certificados de aforro ou de tesouro, que se deve guardar o dinheiro para as emergências. "São produtos com muita liquidez, que se podem levantar facilmente, e que oferecem uma taxa de juro, ainda que muito baixa", especifica António Ribeiro.
E como é que se mantém o hábito da poupança, seja qual for o objetivo? O truque é não abandonar as contas e as folhas de cálculo, continuar a reavaliar opções, a refazer orçamentos e a ter a vida financeira organizada, porque só assim a poupança consegue ser feita sem grandes esforços. "O princípio deverá ser sempre o da gestão da vida financeira. Para isso a literacia financeira é muito importante, pois será esse conhecimento que nos vai permitir perceber e analisar as alternativas que temos e também como conseguir reavaliá-las", alerta o Doutor Finanças.
Há escolhas para empresas e para si? Os fundos e os certificados de pensões
Maria Caetano trabalhou nos recursos humanos de uma empresa durante 38 anos. Entrou quando tinha 28, subiu a chefe de secção e saiu poucos anos antes da idade da reforma. Entre as várias regalias que teve durante os anos que trabalhou, como o seguro de saúde, a empresa propôs-lhe o investimento num fundo de pensões, ou seja, que todos os meses fosse posto em seu nome um montante num produto financeiro com alguma rentabilidade. Atualmente, está a receber uma renda vitalícia. "Não é muito, mas permite-me ganhar uma pensão maior que o meu último salário", conta Maria, agora com 65 anos.
Os fundos de pensões são realmente uma das melhores opções a ter em conta na escolha do produto ideal para o complemento da reforma, pois podem ser contratados por particulares e por empresas (como benefício para os empregados). "Antigamente os trabalhadores queriam benefícios mais imediatos como o seguro de saúde ou um seguro de vida e deixavam as pensões para depois", diz Cristina Duarte antes de garantir que a preocupação agora são os fundos de pensões.
"As empresas dizem aos empregados que, para além dos 23,65% que descontam para a Segurança Social, vão fazer um investimento de 4% (ou outro valor) num fundo de investimento que só pode ser levantado depois da reforma, sendo os trabalhadores também convidados a igualar esse investimento, acabando por ter um retorno de 100% do mesmo", explica a responsável da Mercer, garantindo que este benefício é cada vez mais um fator de retenção de talento - os empregados ficam mais anos na empresa.
No caso da Maria Caetano, nunca optou por igualar o investimento da empresa no fundo de pensões. Em vez disso, apostou num PPR onde ia pondo algum dinheiro. Foi também esse PPR que a ajudou depois de sair da empresa, uma vez que foi diretamente para o regime de desemprego de longa duração. "Resgatei-o todo nessa altura e ajudou bastante", lembra a reformada, que afirma que se não fosse assim não poderia estar em casa a tomar conta do seu neto bebé.
Para António Ribeiro, e ainda que os fundos de pensões sejam uma boa opção para empresas e para os seus funcionários, não serão uma tão boa aposta para quem quiser investir por sua conta. O problema: as comissões. "As empresas conseguem bons negócios porque negoceiam em maior volume", afirma o analista, que garante que "o rendimento não é assim tão extraordinário" quando um particular tem de pagar elevadas comissões. "Segundo uma análise que fizemos no princípio deste ano, a maioria dos fundos tinha comissões de mais de 10%", conclui o analista.
Uma outra opção de poupança para a reforma são os certificados de reforma, um produto de capitalização criado e gerido pelo Estado que é habitualmente apelidado de PPR do Estado. Os montantes investidos neste produto são convertidos em unidades de participação do Fundo dos Certificados de Reforma. Uma das vantagens deste produto é o facto de não ter comissão de entrada ou manutenção, apenas uma taxa de 15% no caso de o capital ser resgatado antes da reforma.
No entanto, há algumas desvantagens que podem fazer com que este produto não seja ideal para todos. Não tem capital garantido. O dinheiro investido pode ser perdido e o investimento é feito inteiramente num fundo único, ou seja, quer tenha 20 ou 60 anos, e mais ou menos aversão ao risco, só pode investir num tipo de produto. "Quando muito poderia ser uma opção para quem tem 30 anos, porque não tem capital garantido, mas o risco é demasiado baixo para quem ainda tem essa margem", aponta o analista da Deco.
Há novos investimentos? O produto-estrela é o PPR europeu que aí vem
A popularidade dos PPR é inegável. No princípio deste ano, e segundo dados da Associação de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, os portugueses tinham 19 mil milhões de euros aplicados em planos de reforma. Para a Deco, esta é também a escolha acertada na altura de poupar para a reforma, com as rentabilidades e os benefícios fiscais a desempatarem qualquer comparação que possa ser feita. Mas a sua atenção tem de estar concentrada na modalidade de PPR que contratar, dependendo da sua idade.
"Os PPR são produtos com muita diversidade porque, por entre os 700 que existem em Portugal, há um para cada tipo de investidor, esteja ele mais perto ou mais longe da reforma, tenha mais ou menos aversão ao risco, permitindo também entregas de pequeno montante, ou seja, 20 ou 50 euros por mês", salienta António Ribeiro. Além disto, é o produto com melhores condições fiscais. "Todos os anos, 20% dos valores investidos em PPR são dedutíveis à coleta de IRS até determinado limite. Por outro lado, sobre os rendimentos obtidos no PPR apenas se paga 8% se se mantiver o PPR até à reforma", frisa Nuno Santos da Optimize.
Assim, e se começar a poupar para se reformar mais perto dos 50 do que dos 40 anos, o PPR ideal para si será em forma de seguro, uma vez que o tempo que lhe resta até à reforma é tão reduzido que não tem muita margem para lidar com possíveis perdas. E como neste produto o dinheiro que entrega é o dinheiro que, no pior cenário, vai resgatar aos 67 anos, não se arrisca a entrar na reforma sem qualquer rede de proteção. No entanto, e como os seguros aplicam o capital em ativos com pouco risco como obrigações e depósitos, também não pode esperar grandes ganhos. Segundo os cálculos da Deco, nos últimos três anos a taxa de rentabilidade média destes produtos ficou-se pelos 1,5%.
Por outro lado, se lhe faltarem mais de 20 anos para a reforma, ainda vai a tempo de investir com maior risco. O produto a escolher será então da categoria dos fundos PPR , sendo que há diferentes opções dependendo da capacidade de lidar com o risco. Se estiver mais à defensiva deve escolher um fundo que invista mais em obrigações e menos em ações. Se quiser equilibrar a aposta, pode optar por compor o seu PPR com igual percentagem dos dois produtos. No extremo contrário, e se for um investidor agressivo, pode sempre escolher um PPR que tenha pelo menos 70% em ações e o restante em obrigações.
Lembre-se é disto: quanto mais quiser ganhar, mais agressivo tem de ser no seu investimento e isso só pode acontecer com maior investimento em ações. E já agora convém que esteja informado sobre outros dados: a média de rentabilidade dos fundos PPR nos últimos três anos é negativa, estabelecendo-se nos -0,70%, segundo os cálculos da Deco. "Como estão dependentes dos mercados, é normal que os fundos tenham resultados negativos, no entanto até pode perder durante alguns anos, mas vão acabar por compensar mais tarde", garante António Ribeiro.
Há ainda outros dados a ter em conta. Nos próximos tempos, entre 2020 e 2021, está prevista a entrada em vigor de um novo produto financeiro. O nome vem no plural e é pomposo: os Produtos Individuais de Reforma Pan-Europeus (PIRPE). Trata-se de PPR europeus que têm regras harmonizadas ao nível comunitário, abrindo o mercado dos PPR a todos os gestores da União Europeia. Assim, um contribuinte português pode contratar um PPR gerido por um gestor alemão, com as condições do mercado alemão, mesmo que a empresa não esteja em Portugal. "Ainda não são conhecidas as regras fiscais dos PIRPE, mas achamos que é uma boa iniciativa porque abre o mercado a nível europeu, cria concorrência nas comissões e fica tudo mais transparente. Em última análise, isso é benéfico para os consumidores", refere António Ribeiro, alertando que ainda não há dados suficientes para fazer uma análise mais detalhada.
E depois de investir? Resista às tentações e não cometa erros
Dos 19 mil milhões de euros investidos em PPR , 17 mil milhões estão sob a forma de seguro - um total de 86%. "Os portugueses são completamente avessos ao risco e acabam por tomar más decisões", afirma António Ribeiro. "E quando digo má é porque, quando se fala de poupar para a reforma, está em causa o longo prazo. Não se trata de um ano ou dois e um fundo PPR , que invista em ações, até pode perder um ano ou outro, mas pode compensar mais tarde. Uma pessoa com 30 ou 40 anos acaba por estar a perder rendimento por causa do excesso de conservadorismo."
É também um erro, ainda que difícil de contrariar, resgatar o dinheiro de um PPR antes da reforma só porque os resultados dos últimos anos foram negativos. Mesmo que o medo da perda vá crescendo, seja porque a poupança acumulada já é significativa, seja por causa da típica aversão ao risco. "É errado [resgatar] porque os resultados negativos só se tornam perdas quando o dinheiro é levantado Até lá são apenas desvalorizações", salienta António Ribeiro. Além disso, e no caso de dificuldades financeiras extremas, as sociedades gestoras de PPR permitem levantamentos devido à cláusula de doença grave ou de desemprego de longa duração, bem como para pagar prestações do crédito à habitação em atraso ou já vencidas. Aqui chegados, há uma pergunta que se impõe: é mesmo possível perder o dinheiro todo? Por exemplo, se o banco ou a empresa que lhe vendeu o produto financeiro for à falência. Lembre-se que estes são apenas intermediários dos seus investimentos e não o investimento em si. E que há mecanismos de segurança. No caso dos seguros, o dinheiro que investiu está sempre a salvo, uma vez que têm capital garantido, sendo as seguradoras obrigadas a ter reservas mínimas de igual valor ao dos depósitos dos seus subscritores para assim pagarem os juros anualmente. Já os clientes de fundos PPR , sem capital garantido, estão salvaguardados pelo Sistema de Indemnização aos Investidores, que só garante até 25 mil euros por titular. O produto passa depois para a mão de outra sociedade gestora. "Isto tudo pressupõe que as entidades supervisoras estão a funcionar", diz António Ribeiro.
Quanto aos produtos de maior risco, sem garantias de capital, as possíveis perdas podem assustar. No entanto, e para perder tudo, "os títulos em carteira teriam de desvalorizar todos em simultâneo, ao ponto de nada valerem", refere o analista da Deco. Também em qualquer altura do investimento, e se o medo do risco o atingir, saiba que pode transferir o dinheiro de um fundo para um seguro, ou vice-versa, bem como entre fundos e seguros diferentes. Este é um dos bons conselhos dos especialistas: não deixe o dinheiro num fundo a vida toda. Compare e troque se encontrar outro com melhores condições.
E qual é o prémio final? Uma boa reforma com até mais 500 mil euros
Sim, o valor até pode parecer exagerado (se viver mais 20 anos para além da idade da reforma será uma pensão extra mensal de 2.083 euros, enquanto se viver mais 30 anos será de 1.388 euros extra), mas a esta altura já deve ter percebido que é possível: só precisa de começar cedo e escolher um produto com alta rentabilidade. Não esquecer ainda que precisa de ter uma capacidade média de poupança que se mantenha constante durante a vida. Claro que se isto não é totalmente linear, mas pode tentar compensar as entradas mais pequenas com as entradas maiores e o resultado vai ser muito parecido.
Mas vamos às contas que interessam. De acordo com as simulações feitas pela Optimize, e tendo em conta um produto com rentabilidade de 6% anuais, e fiscalidade a 8% (por exemplo, um fundo PPR de perfil agressivo), para juntar 500 mil euros na altura da reforma, precisa de aplicar todos os meses 276 euros. No entanto, e como defendem os especialistas, se só começar aos 40 anos este valor já sobe para 788 euros mensais.
O mesmo valor é confirmado pelo simulador de PPR da Deco e a associação de defesa do consumidor faz as simulações tendo em conta as rentabilidades médias dos produtos que considera serem os melhores do mercado. Ou seja, a escolha acertada é o Alves Ribeiro PPR , no caso dos fundos, e o Lusitânia Poupança Reforma PPR , no caso dos seguros.
Arriscado? Talvez. Só depende de si. No caso da Inês Moreira, os 500 mil euros estão fora de questão. Porquê? "Tenho um perfil de investidor muito conservador, com muito medo do risco. E depois do BES acho que ficámos todos com medo de pôr dinheiro em produtos financeiros", conclui.
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