Os certificados de aforro e os planos poupança reforma são dois produtos de poupança bastante conhecidos dos Portugueses. Mas qual vale mais a pena no contexto atual? Veremos neste artigo. 

 

O investimento em Certificados de Aforro

O investimento em certificados de aforro aumentou 124 milhões de euros em Setembro. Estes constituem um produto de poupança bastante popular principalmente junto de investidores pouco dispostos a aceitar níveis de risco elevados nos seus investimentos. Na prática, subscrever certificados de aforro significa emprestar dinheiro ao Estado com os riscos que isso pode comportar. Decerto já ouviu algo como “o Estado não pode falir” com o objetivo de justificar que se trata de um investimento sem risco. No entanto é importante realçar que esta impressão pode não estar totalmente correta já que o investimento em certificados está sujeito ao risco de crédito do Estado.

Com respeito ao rendimento destes títulos de dívida pública estes oferecem taxas habitualmente superiores aos depósitos a prazo, produto com o qual são muitas vezes comparados. Apesar disso os seus rendimentos têm vindo a decrescer nos últimos anos fruto da descida generalizada das taxas de juro de referência dos bancos centrais.

Em relação à fiscalidade, os certificados de aforro são tributados a uma taxa de 28%, tal como a maioria dos produtos de poupança.

 

Investimento num Plano Poupança Reforma

A subscrição de um plano poupança reforma é muitas vezes visto como fazendo sentido apenas para pessoas mais velhas que desejam preparar a sua reforma. No entanto um PPR pode mesmo ser um produto alternativo aos certificados de aforro e depósitos a prazo. A ideia de que estes apenas podem ser levantados na reforma é enganadora pois na verdade pode levantar o seu PPR quando desejar. Caso não se encontre numa das situações previstas na Lei para o reembolso do PPR, não usufruirá do benefício fiscal de dedução à coleta de IRS. No entanto, tal não coloca em causa a taxa de rentabilidade do PPR e usufruirá de uma fiscalidade mais favorável sobre o rendimento obtido.

Ao investir num PPR está a delegar a gestão do seu capital a uma equipa profissional que fará investimentos nos mercados financeiros de acordo com o nível de risco permitido. Assim, estarão ativamente a ser procuradas oportunidades de investimento para o seu dinheiro, para que este possa obter o melhor rendimento possível.

 

Diferenças entre Certificados de Aforro e PPR

A natureza dos investimentos destes dois produtos de poupança é bastante distinta. Se nos certificados estamos a adquirir um título de dívida pública, num PPR estamos a ceder o nosso capital para que uma instituição financeira o aplique nos mercados financeiros. Por isto mesmo os riscos a que estão expostos são diferentes. No caso dos certificados estamos expostos ao risco de crédito do Estado. Por outro lado, nos PPR estamos expostos ao risco dos ativos pelos quais este é composto.De referir que estes ativos são habitualmente muito diversificados, pelo que, a possibilidade de uma perda total é extraordinariamente improvável.

 

Vantagens dos PPR

Uma das grandes vantagens dos PPR face aos certificados de aforro são os incentivos fiscais que estes proporcionam. Tanto na subscrição que é possível obter até 400€ anuais como no resgate em que as mais valias são tributadas a uma taxa reduzida, os PPR permitem o acesso a condições fiscais únicas. De referir que mesmo que o resgate do PPR seja efetuado fora das condições legais, a sua tributação é realizada a uma taxa de 21,5% enquanto que nos certificados é de 28%. Caso o resgate seja realizado dentro das condições legais, então o investidor terá de suportar uma taxa de apenas 8%.

A nível de rendimento proporcionado, os PPR têm a capacidade de permitir obter rendimentos anuais médios superiores. O facto de o capital ser gerido de forma a obter, a cada momento, os melhores rendimentos dos mercados financeiros faz com que possa render mais do que o investimento em certificados de aforro.

O risco envolvido nos PPR tem a vantagem de ser bastante disperso por todos os ativos que fazem parte da sua composição ao invés dos certificados de aforro cujo risco se concentra no Estado.

 

Conclusão

Tanto os certificados de aforro como os PPR são muitas vezes procurados por investidores menos dispostos a aceitar riscos. No entanto os segundos são percecionados frequentemente como produtos apenas para pessoas mais velhas que procuram constituir um rendimento adicional na reforma. Importa referir que este raciocínio se encontra totalmente errado pois a subscrição de um PPR pode ser encarado da mesma forma que o investimento em certificados de aforro. Caso tenha uma poupança que deseje rentabilizar, o investimento num PPR garante-lhe acesso a melhores condições fiscais e rendimentos anuais médios superiores. Já fez o seu? Aproveite o bónus de 0,5% que a Optimize está a oferecer!

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